Núclea na Consensus 2024

Escalabilidade de ativos tokenizados

No painel sobre a colaboração entre Swift e Chainlink – “How Swift and Chainlink are Working Together to Unlock Tokenized Assets at Scale”, foi discutida a implantação de ativos digitais em larga escala. 

Sergey Nazarov, co-fundador da Chainlink, Jack Pouderoyen (SWIFT) e Sam Kessler, da Coindesk, organizadora da Consensus, debateram sobre os desafios e soluções para a interoperabilidade e segurança no mundo blockchain. 

Foi enfatizada a necessidade de um futuro mais interoperável nas transações blockchain e destacando que, apesar do progresso, ainda existem desafios significativos. 

Segurança foi um dos aspectos importantes no debate em que sistemas interoperáveis devem priorizar a segurança e fornecer maneiras comprováveis de garantir isso. 

A interoperabilidade é um ponto chave para que os ativos tokenizados acessem liquidez através de diversas blockchains e DLTs. Sergey Nazarov ressaltou o uso de oráculos para garantir altos padrões de confiança, validação e segurança em sistemas que envolvem ativos do mundo real.

Moedas digitais de bancos centrais pelo mundo

Outro painel de destaque foi “Testing CBDCs Around the Globe”, com a participação de Caroline Hill, da Circle, emissora da stablecoin USDC, David Newns (SDX), Patricia Haas (OMFIF) e João Aragão (Microsoft). 

A discussão foi sobre o potencial das moedas digitais de bancos centrais, ou CBDCs, no suporte à evolução dos sistemas de dinheiro digital, enfatizando os desafios e soluções para transações transfronteiriças (Cross border). 

Os painelistas discutiram a importância do “dinheiro tokenizado” para a finalidade de liquidação e adesão aos princípios tradicionais dos mercados de capitais, ressaltando a necessidade de uma infraestrutura blockchain regulada para apoiar o crescimento dos mercados de capitais digitais. 

Outro ponto discutido foi sobre a necessidade de clareza regulatória e um framework principalmente nos EUA, para stablecoins e ativos digitais.

Um caminho para as finanças tokenizadas

O último, senão o mais interessante, foi o painel “The Roadmap for Tokenized Finance DTCC” com Renée Berman (DTCC), Jorgen Ouaknine (Euroclear), Gregory Rodeheaver (Clearstream) e Kaj Burchardi (BCG Platinion), onde foi apresentado e discutido um modelo de colaboração para a indústria e padrões regulatórios que aborda questões de registro e liquidação dos ativos digitais. 

A DTCC, Clearstream, e Euroclear, em colaboração com BCG – Boston Consulting Group, desenvolveram um framework para os princípios de controle ativos imobiliários digitais (DASCP), ou “Securities” digitais.

Esse framework ajuda a identificar, abordar e mitigar riscos específicos dos ativos imobiliários digitais, incorporando feedback de mais de 20 participantes do mercado e possui um conjunto de princípios que descreve um modelo de ecossistema seguro e eficiente, identificando riscos potenciais específicos para títulos de ativos digitais e fornecendo recomendações de controles para mitigar esses riscos, como:

• Segurança jurídica – garantir que as operações estejam em conformidade com a lei; 
• Conformidade regulatória – incentivar o alinhamento com estruturas regulatórias; 
• Resiliência e segurança – desenvolver infraestruturas robustas capazes de resistir a interrupções e ao mesmo tempo proteger dados confidenciais; 
• Proteção dos ativos dos clientes – implementar governança por meio de contratos inteligentes para gerenciar ativos com segurança; 
• Conectividade e interoperabilidade – facilitar transações e liquidações flexíveis em diversas redes; 
• Escalabilidade operacional – buscar eficiência e economia por meio da padronização.

Além destes seis princípios fundamentais, o framework também apresenta uma lista de controles para ajudar as empresas do setor a mitigar riscos como a má gestão de ativos ou controles insuficientes na governança dos contratos inteligentes. 

Os controles recomendados incluem, por exemplo, a definição de quem pode acessar os contratos inteligentes e a manutenção de um registro de eventos/transações de ativos digitais.

Recomendamos a leitura do white paper sobre os princípios de controle de segurança de ativos digitais para saber mais sobre o tema.

Mais destaques da Consensus 2024

Além de todos esses painéis que destacamos acima, tiveram outros momentos de destaque da Consensus 2024 válidos para compartilhar:

• Painéis sobre DeFi e Finanças Tradicionais

Especialistas discutiram a convergência entre finanças descentralizadas (DeFi) e finanças tradicionais, explorando como as instituições financeiras podem integrar tecnologias DeFi para oferecer novos produtos e serviços, como empréstimos contra ativos digitais, o uso de stablecoins, serviços de custódia, tokenização de ativos e até mesmo a criação de cooperativas de crédito “cripto-nativas”.

• Discussões sobre o mercado cripto e NFTs

Vários painéis abordaram os sinais de crescimento do mercado de criptomoedas e de tokens não fungíveis (NFTs), com foco em casos de uso práticos e desafios regulatórios.

Impressões do nosso time direto da Consensus 2024

“Participar da Consensus 2024 foi uma oportunidade incrível para absorver conhecimentos, assim como em networking com os líderes do setor. Estamos ansiosos para aplicar esses insights em nossos projetos futuros e continuarmos contribuindo para o avanço da tecnologia blockchain na tokenização de ativos, privacidade e interoperabilidade”

Leandro Pereira
Gerente de Sistemas de TI para Tokenização e Novos Ativos da Núclea

“A oportunidade de estar entre a vanguarda mundial das finanças tokenizadas é única e proveitosa para aprendermos com as melhores práticas e a experiência de grandes players. Muito do conhecimento compartilhado na Consensus 2024 que tivemos acesso está alinhado com o que estamos colocando em prática na Núclea. O objetivo é continuar evoluindo para nos tornarmos uma referência para os nossos clientes em Blockchain as a Service”

Cesar Kobayashi
Superintendente Executivo de Tokenização e Novos Ativos da Núclea