Tokenização: como transformar ativos em valor digital

A evolução tecnológica em ritmo acelerado tem aberto oportunidades em diferentes mercados, entre eles o financeiro. O processo de digitalização vai além de serviços bancários, transações, operações ou canais de atendimento. De olho na competitividade, segurança e confiança dos clientes, surge a tokenização da economia.

Essa é a prática de fragmentar os ativos, dividindo-os em partes digitais armazenadas no blockchain. Assim, o token os representa e favorece uma negociação segura e prática.

Neste artigo, vamos explicar o que é, quais são os tipos, os benefícios para as atividades financeiras e como transformar o futuro das negociações dos ativos digitais. Continue lendo!

O que é tokenização?

A tokenização é o processo de conversão de um ativo em um token digital que fica armazenado no blockchain. Ele é dividido em várias partes, que têm sua representação no meio eletrônico. Dessa forma, há manutenção do formato e a proteção por meio de uma chave de criptografia.

Outra característica é cada token ser exclusivo e gerado de forma aleatória. Portanto, não pode ser confundido, nem ter relação com os ativos aos quais estão vinculados. Isso significa que, para acessar a informação original, é preciso ter acesso à chave de segurança.

Entre os ativos que podem ser tokenizados estão os financeiros. Por isso, trata-se de um processo central para os bancos.

Nesse sentido, é fundamental diferenciar a tokenização da criptografia convencional. A segunda prevê o uso de técnicas e programação para codificar informações e impedir que pessoas mal-intencionadas tenham acesso ao conteúdo.

Isso acontece por meio de diferentes práticas, como adição de caracteres, inserção de caracteres especiais e embaralhamento de dados. Assim, no caso de um ataque de hackers, é mais difícil das informações vazarem, pois estão ilegíveis.

Já a tokenização substitui as informações por um código indecifrável, algo bem semelhante à criptografia. Porém, a estrutura da database não é modificada, aumentando a privacidade e a segurança de dados.

Assim, a destokenização — ou decodificação — acontece somente nas etapas finais da transação financeira. Dessa forma, o usuário tem uma camada extra de segurança, que vai além da criptografia. Além disso, a vida dos desenvolvedores é simplificada, porque não precisa fazer grandes ajustes no banco de dados.

Outro fator relevante da tokenização é a escalabilidade. Isso acontece por não fazer grandes alterações no database. Ou seja, o crescimento do ecossistema digital é contínuo.

Quais são os tipos de tokens?

Tokens de moeda

São criados em blockchains, ou seja, em cadeias de blocos que armazenam informações e não permitem alterações. Por isso, são associados às criptomoedas ou às CBDCs (Central Bank Digital Currency), moedas digitais oficiais emitidas pelo órgão regulador monetário de cada país.

Eles servem para negociações, compras e recebimentos, mas seu valor está vinculado ao mecanismo de distribuição. Dessa forma, são moedas digitais utilizadas como meio de pagamento, transferências e reservas de valor.

Utility tokens

Os tokens de utilidade são ativos que atuam como meio de acesso. Basicamente, eles concedem acesso a serviços exclusivos ou dão descontos específicos. Por isso, é uma opção muito usada como moeda de troca para acessar funcionalidades em um blockchain ou como NFT em jogos eletrônicos. Esses são apenas alguns exemplos.

Security tokens

Os security tokens são representações de valores mobiliários tradicionais, como ações, débitos, garantias e obrigações. Esses ativos geram lucros aos investidores por meio de dividendos ou juros sobre capital próprio.

Para ser considerado um security token, o ativo precisa ser oferecido como investimento e ter a expectativa de lucro com base no emissor e em terceiros.

Quais são os benefícios da tokenização para atividades financeiras?

Os benefícios da tokenização incluem a automação e a descentralização de processos de compliance, custódia, verificação, transação e controle de ativos. Além disso, há mais facilidade nos pagamentos online, pois os tokens substituem os dados de cartão de crédito. Isso torna as operações mais simples, fáceis, democratizadas e seguras.

Essas são vantagens significativas para as instituições financeiras. Assim, os ativos se tornam mais acessíveis, os custos são reduzidos e a segurança é maior. Sem contar que o mercado de criptoativos funciona em tempo real, conferindo agilidade às transações.

De modo geral, os principais benefícios da tokenização são:

• identificação exclusiva no blockchain, o que evita falsificações, vazamento de dados e golpes;
• redução dos riscos de violações de segurança;
• conformidade com as regulamentações, como a LGPD;
• transparência nas operações;
• representação de um ativo real;
• negociação 24×7;
• descentralizaçã

Como transformar o futuro das negociações de ativos digitais?

De olho nos próximos anos, a Núclea investe o seu largo conhecimento em apoiar as empresas e órgãos regulados rumo a uma economia mais digital. Em 2023, a empresa criou uma área de Tokenização e Ativos Digitais e visa prover ao mercado serviços atrelados à tokenização de múltiplos ativos e ativos digitais reais (RWA).

Entre outras frentes, a Núclea aderiu ao Projeto Piloto do DREX em consórcio com o Bradesco e Setl. Com histórico de soluções para o setor bancário, onde participou das implementações de TED/DOC, Cartões, Boleto e DDA no Brasil como Câmara Interbancária de Pagamentos, além de ser um dos maiores registradores de ativos do mercado, a Núclea soma esforços para a moeda digital ser implantada com rapidez e segurança.

Além disso, fechou parceria com as empresas Parfin e Mobiup para construir uma infraestrutura própria na rede blockchain em projeto que está em andamento.<